domingo, 28 de junho de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - FACULDADE DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAOGIA - ENSINO FUNDAMENTAL/ SÉRIES INICIAIS CICLO DOIS 2.009.2
DOCENTE – MARIA HELENA BONILLA
DISCENTE - DERISVAL SANTOS SOUZA ROCHA
TRABALHO DE CAMPO RELATÓRIO SOBRE SOFTWARE LIVRE
Esse relatório é o resultado da pesquisa de campo, realizada na atividade software livre: a cibercultura em Irecê, com o objetivo de mapear as leis, projetos e programas que fazem uso do software Livre em Irecê, na esfera pública e privada.
Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia Ensino Fundamental Séries Iniciais da UFBA - Universidade Federal da Bahia / FACED - IRECÊ como instrumento avaliativo, sob a orientação da professora Maria Helena Bonilla.
Irecê2009.
Derisval Santos Souza Rocha Colégio Odete Nunes Dourado Fundamental II 6°, 7º e 8º ano.
Nubia Barbosa dos Santos Escola Municipal Luiz Viana Filho Educação Infantil.
Teiles Beatriz Meire de Freitas Escola Municipal Luiz Viana Filho Fundamental I 2°e 3° ano.
Relatório final do Trabalho de campo realizado sobre a Cibercultura na cidade de Irecê.
Os softwares são os principais intermediadores da inteligência humana na era da informatização. (SILVERA, Amadeu. 2004).
Software LivreSoftware Livre é um programa de computador que pode ser usado, copiado e distribuído livremente. Os programas são de livre distribuição, o que significa que poderão e deverão sofrer alterações e ajustes para assim melhorá-lo de acordo com as necessidades de cada empresa, usuário e comunidades. Nesse processo não poderíamos deixar de mencionar o princípio relevante apontados pelo projeto software livre Bahia: “o software livre se refere à liberdade, que o usuário tem de executar, distribuir, modificar e repassar as alterações sem, para isso ter que pedir permissão ao autor do programa” (SOFTWARE, Projeto Bahia 2º Ed. 2005 P.15).
É bom lembrar que, apesar de livre ele não é necessariamente gratuito. Portanto, o uso do Software Livre é de grande importância para a sociedade brasileira, por que pode ser utilizado para qualquer finalidade, sem depender de um fornecedor. Tendo assim sempre acesso ao código fonte para consultá-lo e modificá-lo sem qualquer restrição, transmitindo a gama de conhecimentos adquiridos através da troca das informações com outros usuários, desenvolvem e constroem, portanto, a era das informações à distância; controlada por nós mesmos.
MAPEAMENTO
Com base nas entrevistas realizadas em algumas instituições públicas e privada que foram campo de pesquisa na cidade de Irecê, conversas socializadoras, relatos e estudos direcionados, percebe-se que há a presença do software livre nas escolas que visitamos. Muitas das informações coletadas a respeito do software livre nos chamaram a atenção como, por exemplo, as vantagens e os benefícios para a sociedade como, a liberdade de executar o programa, para qualquer propósito; livre de vírus; baixo custo; não ficar dependente de um fornecedor; tem acesso ao código fonte, podendo modificá-lo sem quaisquer restrições.
Escola Municipal Luiz Viana Filho
Com o objetivo de conhecer a proposta de trabalho, a importância para alunos e funcionários, e o funcionamento do programa dentro do processo educativo gratuito nas escolas, começamos o nosso trabalho entrevistando o agente de inclusão digital, Dino Estevão dos Santos Gama, da Escola Municipal Luiz Viana Filho, que fica situado no bairro São Francisco de Assis na cidade de Irecê. A diretora da instituição é a senhora Maria de Fátima Coltinho da Silva, a vice Gizelia Barbosa Ferreira; e atua como coordenadora a senhorita Alessandra Rosa Rodrigues. O infocentro do bairro funciona dentro da referida escola, com dez computadores ligados a internet, todos instalados com software livre. A escola porta de 38 funcionários, 9 salas de aula, sala de direção, secretaria e sala de professores.
Durante a entrevista ouvimos declarações de que o infocentro tinha recebido os computadores em 2.008 do Governo Federal, através do Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com a Prefeitura Municipal de Irecê. Mas apenas no início de 2.009 é que vieram funcionar, pois os funcionários tinham que ser contratados pela prefeitura municipal, mas que tudo já estava resolvido e que vinha funcionando muito bem os softwares. A escola também tem como meta proporcionar a alunos e funcionários a oportunidade de conhecer e fazer parte do mundo digital, inserindo-os nesse processo de inclusão de forma educativa e gratuita, pois alguns professores utilizam os programas para baixar vídeos da TV escola e outros conteúdos relacionados à sua disciplina.
Dino conclui dizendo que gosta de trabalhar com o sistema operacional Linux e que acha esse um dos melhores programas e que além do mais é livre, não pega vírus e muito simples de usar. A sua capacitação foi feita através de cursos on-line com o próprio software livre e trabalhando como voluntario no ponto de cultura.
Ponto de cultura
Entrevistado: Ariston Eduão, coordenador do Ponto de cultura Anísio Teixeira na cidade de Irecê. Durante a entrevista relatou que passou a conhecer o Soft Livre quando começou a fazer a Faculdade de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), tendo o ponto como objetivo maior promover a democratização da cultura digital por meio de ações de educação e cultura.
Através de palestras, cursos de informática em SL, realizações de eventos e da primeira semana do soft livre, é que foi sendo feita a democratização do SL na cidade. Informou que a única lei existente no município de Irecê é a 15/2008 - Lei complementar, (Plano Diretor aprovado em 31/12/2008).
Segundo o Plano Diretor, no capítulo VIII, no inciso III e IV, “Implantar o uso do soft livre no município, como política pública voltada à universalização da cultura digital; “Difundir a atuação do ponto de cultura e do tabuleiro digital (parceria com a UFBA, a Petrobrás e o Minc) no acesso, produção e fruição da cultura digital”.
Percebe-se, que o objetivo do plano diretor em parceria com a UFBA é de expandir uma cultura digital no município de Irecê, através do ponto de cultura e do tabuleiro digital para melhorar a inclusão digital dando oportunidades aos alunos e aos munícipes.
Explicou também, que vêm capacitando alguns jovens para serem inseridos no mercado de trabalho e no processo de inclusão digital, como exemplo citou o seu ex-aluno Dino Estevão que hoje, depois de aprender diversas técnicas de como manusear os Softs Livres, passou a ser instrutor geral do infocentro digital da Escola Municipal Luiz Viana Filho que se situa no Bairro, São Francisco de Assis aqui na cidade de Irecê. Comentou ainda que o Tabuleiro Digital é de fundamental importância no processo de inclusão digital no município, pois o mesmo é visitado por centenas de pessoas, entre elas crianças, jovens e adultos da cidade e da região, povo que vem para fazer diversificados trabalhos on-line.
O nosso entrevistado conclui dizendo que são várias as vantagens para quem faz uso do soft livre, pois possibilita uma grande liberdade no manuseio dos programas, não pega vírus.
Escola Municipal José Francisco Nunes
Entrevistado: Nelson Rodrigues da Cruz, professor do ensino Fundamental 1 e instrutor-monitor do infocentro. A Escola fica localizada no povoado de Itapicuru a 7 km da cidade de Irecê, comportam sete salas de aula, uma secretaria, dois banheiros, um pátio e uma sala de informática onde funciona o infocentro, equipado com oito computadores ligados a internet.Objetivo: inserir a comunidade no mundo digital, ajudando as pessoas a utilizar o Soft livre, divulgando todo o conhecimento que tenho sobre esses programas e aprimorar os meus conhecimentos através dos usuários do SL.
O entrevistado relatou ainda sobre a importância do uso do SL para aquele povoado, sendo uma das vantagens o Linux que não é cobrado pelo sistema. Diferente do Windows que além de pagar pelo programa, você paga também pela manutenção. Em relação à manutenção, ele sempre tem o apoio do ponto de cultura ciberparque Anísio Teixeira, quando necessário. Falando do trabalho independente que desenvolveu na escola de Itapicuru sobre tecnologia, citou as vantagens de utilizar o SL, por possibilitar a liberdade de executar o programa, por ser mais seguro, por não pegar vírus, por ser livre para estudo e análise e por poder copiar, modificar e redistribuir o programa sem restrições.
O entrevistado comentou ainda que, teve contato com o programa na Faculdade, onde o mesmo cursava Ciência da Computação e que também conhecia o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), que é um programa do governo que tem como função a pesquisa, porém mais restrito, não dando oportunidade de instalar outros programas.O PROINFO é programa desenvolvido pela Secretaria de Educação à distância através do departamento de Infra-Estrutura tecnológica em parceria com as Secretarias de Educação estaduais e municipais na qual visa introduzir o uso da tecnologia nas escolas.
Segundo o entrevistado, a escola já foi beneficiada com o infocentro em parceria com o governo estadual e municipal, onde a mesma ganhou cinco computadores para atender as necessidades da escola para com os alunos e os professores.
Essa entrevista nos proporcionou um bom conhecimento sobre o programa SL, melhor condição para o manuseio do Soft Livre contribuiu significativamente para o trabalho de pesquisas com os nossos alunos em sala de aula, nos ajudou a perder o medo do novo, mostrando que é possível utilizá-lo dentro de uma cultura solidária e participativa, que tenha objetivos e interesse em comum.
Embasa
A Embasa fica localizada na Av. Cel. Terencio Dourado S/N Irecê Bahia. Na entrevista realizada na Embasa, com Ribeiro, técnico em computação, o mesmo relatou que o soft livre agora é uma realidade, pois a partir do momento que a empresa optou em fazer o uso do SWL, por se tratar de um sistema operacional aberto, teve economia significativa no orçamento empresarial, pois uma das principais metas da empresa é o corte de custos e gastos, exemplificando que apenas para instalar o Windows gastaria 500 reais e os aplicativos Word mais 1.700, sendo que em 2.008 a economia foi de quase 3 milhões com o SL. Faz apenas quatro anos que a empresa vem trabalhando com o soft livre. Relatou ainda que os programas dão aos usuários a liberdade para mudar e adequar o próprio sistema às necessidades da empresa, sendo mais resistentes e seguros contra vírus.
O técnico falou sobre a sua capacitação, que foi realizada na cidade de Salvador em um convenio com o governo federal e estadual, dentro de uma política pública e que não teve muita dificuldade para trabalhar com o SWL, que começou e teve bons resultados.Sobre o hardware, não teve muitos problemas com o mesmo e que o grande problema é a falta de conhecimentos, mas que podem ser resolvidos até via web. Ribeiro finalizou dizendo: – “que o importante é começar e não ter medo do novo, pois em muitas das vezes somos amedrontados pela falta de conhecimento”.
CONCLUSÃO
No início do segundo ciclo da segunda turma de Licenciatura em pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o curso de software livre foi uma das atividades oferecida pela UFBA com a professora Maria Helena Bonilla. Os primeiros conhecimentos sobre soft livre aconteceram durante as aulas no espaço do tabuleiro digital, na qual a professora Bonilla falou sobre as políticas públicas, as diferenças entre os hackers e crackers, as vantagens do SWL em relação ao proprietário, os aplicativos, o Linux, um sistema de código aberto, os programas novos como: BR.office, Open Office (editores de texto), cinelerra (editor de vídeos). Gimp e o inkscape (editores de imagem). Além de aprendermos sobre soft livre, o curso nos proporcionou maiores informações através do conhecimento compartilhado, nos ambientes, Moodlle, Yahoo e o Blog. “Na era informacional, quanto mais se compartilha o conhecimento mais ele cresce” (SILVEIRA, 2004, pg. 07). O conhecimento é um bem que se adquire em conjunto, compartilhando, buscando, tornando essa coletividade inteligente e ativa nesse processo.
É diante da necessidade de adquirirmos esses conhecimentos que a professora Bonila nos proporcionou uma pesquisa de campo na qual entrevistamos pessoas em escolas, ciberparque, infocentros e instituições privadas. Os resultados dessas pesquisas foram compartilhados através do moodle, do blog e da lista de discussões do Yahoo, onde foi proporcionado um maior aprofundamento dos assuntos referentes à tecnologia, e principalmente soft livre, que foi o tema em questão.
Quando lemos na cartilha do soft livre que “inclusão digital é mais que ter acesso às maquinas. É o exercício da cidadania na interação com o mundo da informação e da comunicação” (CARTILHA, de software livre, pg. 40) isso nos fez refletir na forma que está sendo feita essa inclusão nas escolas, pois mesmo com os infocentros e os tabuleiros, nossos alunos só podem utilizar desse recurso quinzenalmente ou mensalmente e muitas escolas não conta ainda com esse recurso. São ações que precisam ser repensadas, no agendamento dos horários priorizando assim as instituições educacionais.
Estando em contato direto com textos, livros, lendo e pesquisando, percebemos o quanto o governo federal brasileiro é um incentivador do Linux, pois em decreto de 29 de outubro de 2003 o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, instituiu oito comitês técnicos com o objetivo de coordenar e articular o planejamento e a implantação do SL e inclusão digital, no qual facilitou a implantação do programa em varias instituições públicas e privadas.
No momento das entrevistas todos relataram a importância do soft livre para a cidade de Irecê, tanto na esfera pública como também na privada, onde se percebe claramente as vantagens e benefícios, onde fica evidente que uma das principais razões em adotá-los é devido ao baixo custo, estar livre de vírus e a liberdade de modificar o código-fonte. Em alguns momentos, na realização da pesquisa houve desânimo e cansaço, principalmente pela jornada de trabalho que acarreta em falta de tempo dos componentes do grupo para reunir-se, mas mesmo assim não baixamos a cabeça e fomos para o confronto em busca da nossa formação continuada.
REFERÊNCIAS
CARTILHA, de software livre, Projeto software livre Bahia. 2° edição abril 2005.SILVERA, Sergio Amadeu da. software livre: a luta pela liberdade do conhecimento/Sergio Amadeu da Silveira- São Paulo:editora Fundação Perseu Abramo, 2004 p. 07 .PLANO, Diretor aprovado em 31/12/2008. Na qual refere no capitulo VIII inciso III e IV.

domingo, 14 de junho de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - FACULDADE DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAOGIA - ENSINO FUNDAMENTAL/ SÉRIES INICIAIS CICLO DOIS 2.009.2
DOCENTE – MARIA HELENA BONILLA
DISCENTE - DERISVAL SANTOS SOUZA ROCHA



Software Livre: são programas de computador que podem ser usados, copiados e distribuídos livremente, o que significa que poderão e deverão sofrer alterações e ajustes para assim melhorá-lo de acordo com as necessidades de cada empresa, usuário e comunidades.

Mapeamento de alguns locais que foram realizadas pesquisas de campo

Escola Municipal Luiz Viana Filho

A escola tem como meta proporcionar a alunos e funcionários a oportunidade de conhecer e fazer parte do mundo digital, inserindo-os nesse processo de inclusão de forma educativa e gratuita, pois alguns professores utilizam os programas para baixar vídeos da TV escola e outros conteúdos relacionados à sua disciplina.

Ponto de cultura

Tem como objetivo maior promover a democratização da cultura digital por meio de ações de educação e cultura, como exemplo é o trabalho que vem sendo desenvolvido na capacitação de alguns jovens para serem inseridos no mercado de trabalho e no processo de inclusão digital.
O entrevistado Ariston Eduão, coordenador do Ponto de cultura Anísio Teixeira na cidade de Irecê diz: – “São varias as vantagens para quem faz uso do soft livre, pois possibilita uma grande liberdade no manuseio dos programas”.

Diante da necessidade de adquirirmos conhecimentos a respeito do SL é que a professora Maria Helena Bonila nos lançou esse desafio de uma pesquisa de campo na qual entrevistamos escolas, ciberparque, inforcentros e instituições privadas. Alguns dos resoltados dessa pesquisa foi compartilhado aqui no meu blog através dessa breve leitura.

domingo, 7 de junho de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAOGIA - ENSINO FUNDAMENTAL/ SÉRIES INICIAIS CICLO DOIS 2.009.2 DOCENTE - MARIELSON CARVALHO
DISCENTE - DERISVAL SANTOS SOUZA ROCHA
Tertúlia
O filme "O Carteiro e o Poeta", narra o encontro do carteiro Mário Ruoppolo com o poeta Pablo Neruda. Mário mora em uma ilha do Mediterrâneo (Itália), sem infra-estrutura, onde a grande maioria dos homens vive da pesca. Só que ele não gosta de barcos e muito menos das velhas redes de pescaria. Mário consegue um emprego temporário como carteiro, de um único endereço, o de Pablo Neruda, poeta chileno que chega à ilha porque foi exilado de seu país por ser comunista.

Mário, homem naturalmente ingênuo, mas dotado de sensibilidade, encanta-se com a presença do importante poeta, a ponto de querer se tornar poeta também. O contato que passa a ter com Neruda desperta nele um conhecimento sobre si e seus sentimentos, abrindo seus olhos para ver o mundo limitado em que vive e que, agora, pode melhor entendê-lo.
O filme é uma injeção de poesia. Poesia que acabamos deixando perdida na correria do dia-a-dia, mas que sempre está ali, a nossa volta, no lugar onde vivemos, nas pessoas que conhecemos e dentro de nós mesmos.
O Vento na Ilha (Pablo Neruda).
Vento é um cavalo:
ouve como ele corre
pelo mar, pelo céu.
Quer me levar: escuta
como ele corre o mundo
para levar-me longe.
Esconde-me em teus braços
por esta noite erma,
enquanto a chuva rompe
contra o mar e a terra
sua boca inumerável.
Escuta como o ventome chama galopando
para levar-me longe.
Como tua fronte na minha,
tua boca em minha boca,
atados nossos corpos ao amor que nos queima,
deixa que o vento passe
sem que possa levar-me.
Deixa que o vento corra
coroado de espuma,
que me chame e me busque
galopando na sombra,
enquanto eu, protegido
sob teus grandes olhos,
por esta noite só
descansarei, meu amor.